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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Número de ataques envolvendo criptomoedas aumenta 629% no primeiro trimestre de 2018

Notícias do Bitcoin Brasil

A empresa de cibersegurança McAfee divulgou nesse mês um relatório elaborado pelo seu centro de pesquisas em riscos cibernéticos, cuja pauta foca em investigar e detalhar ataques revelantes no primeiro quarto de 2018.

Uma das principais descobertas foi o aumento exponencial no número de crimes cibernéticos envolvendo criptomoedas, tendo sido reportado um aumento de 629% dos ataques causados por um malware chamado Coin Miner. Os ataques estão focados no chamado “cryptojacking”, em que um vírus infecta computadores e começa a minerar criptomoedas, principalmente Monero (i.e., criptomoeda com foco na anonimidade). O relatório sugere que hackers mudaram o foco de seus ataques, já que anteriormente eram observados ataques que pediam resgates monetários às vítimas, porém, criptojacking é considerado um ataque muito mais direto e menos arriscado, visto que apenas usa o poder computacional do usuário afetado, evitando esquemas de fraude e vítimas que se recusem a realizar pagamentos para livrar seu sistema do vírus.

Além disso, o grupo internacional Lazarus (focado em cometer cibercrimes) voltou suas atenções para usuários de criptomoedas, atacando computadores por meio de documentos em word infectados, cujo malware utilizado chama-se HaoBao. O esquema tem início através do envio de um email contendo um documento infectado, e após o usuário realizar o download deste, o vírus começa a coletar informações do sistema, enviando-as para um servidor central. A coleta de dados é feita apenas uma vez e tem seu foco em reconhecer alvos para futuros ataques, especialmente vítimas que rodam softwares envolvendo criptomoedas. Os futuros ataques podem visar infectar wallets, roubando os fundos dos usuários. De acordo com a pesquisa, este novo tipo de malware nunca tinha sido detectado.

Cibercrimes envolvendo criptomoedas e blockchain tendem a se tornar cada vez mais populares, visto o aumento da visibilidade da nova tecnologia. Enquanto blockchains desenvolvidos tendem a ser uma opção segura de armazenamento de informações, como por exemplo o bitcoin, que nunca sofreu nenhum tipo de ataque, seus sistemas acessórios muitas vezes não seguem a tendência, abrindo brechas no sistema. Além disso, malwares como o HaoBao são uma opção interessante, dada sua coleta de informações silenciosa e maiores chances de lucratividade.

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Thiago Gonçalves do Nascimento da Costa – Head of Research e Fundador da Blockchain Insper, estudante de economia no Insper.

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