Corretora Indiana recorre ao P2P depois de proibição do Banco Central

Notícias do Bitcoin Brasil

Em abril de 2018, o Banco Central da Índia proibiu os bancos de lidarem com criptomoedas de qualquer maneira. Com isso, as corretoras indianas sofreram um grande baque, já que viram seu negócio afundar. Para tentar evitar a falência, elas entraram com uma ação junto à Suprema Corte para reverter essa decisão, alegando que fere a liberdade de abrir empresas e a concorrência. Contudo, essa solução pode demorar um longo tempo para se concretizar – e a decisão do Banco Central entra em efeito no dia 5 de julho. A corretora indiana Wazirx já recorreu ao P2P, bem como a Koinex.

Existem duas maneiras de negociar criptomoedas: compra e venda entre pessoas, ou por meio de corretoras. As corretoras tem a importante função de intermediar a compra e venda de ativos. A compra e venda entre pessoas, ou P2P (peer-to-peer), é menos eficiente, já que envolve um esforço ativo para encontrar uma segunda parte para negociação.

A corretoras indiana Wazirx vai implementar um serviço que de acordo com seu CEO, Nischal Shetty, “é a forma mais legal de negociar criptomoedas desde o banimento do Banco Central”. O papel da corretora agora é segurar as criptomoedas do vendedor, até receber a confirmação de pagamento do comprador. Com a confirmação, as criptomoedas são liberadas, e a transação se completa.

O serviço vai entrar no ar dia 6 de julho, ou um dia depois da implementação da proibição. Apesar da urgência, existe alguma esperança. São 5 processos em andamento na Suprema Corte para evitar o banimento: um deles será julgado dia 3 de julho, e os outros dia 20 de julho.

Com 100 mil usuários desde seu lançamento há 3 meses, trata-se de uma das maiores corretoras indianas.

Além da Wazirx, outra corretora indiana, a Koinex, também anunciou uma plataforma de negociação P2P. O serviço sera integrado automaticamente à plataforma e ao aplicativo, e todos os usuários existentes ganharão acesso a ela.

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Marco Antongiovanni é Analista de Mercado de Criptomoedas no Mercado Bitcoin. Formado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas e cursando Direito na USP. Entusiasta das criptomoedas e hodler desde 2014.

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